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O meu nome é João Manuel Taxa da Silva Araújo e eu iniciei este site.O objectivo deste site é contar a história dos Taxa e convidar todos os que têm este apelido a descreverem a sua ramificação. Segue-se o que pude apurar da origem do apelido Taxa:NOTAS DA VELHA HISTORIA DA PATRIA --------------- A FRANCISO MARTINS SARMENTOSAUDE E ARCHEOLOGIA  "Conta eruditamente um jornal de Braga, encomiando as proezas dos seus antigos arcebispos, que, em 1336, reinando Affonso XI em Castella e Affonso IV em Portugal, transpozeram as fronteiras portuguesas dois capitães de Galliza, D. Fernando Rodrigues de Castro e D. João, seu irmão, com muita gente de armas. O arcebispo D.Gonçalo Pereira, considerando insufficiente a guarnição de Braga para a resistencia, fugiu sobre o Porto com os seus alabardeiros, a unir-se ao mestre da Ordem de Christo, frei Estevão Gonçalves, e ao bispo portuense D. Vasco Martins. Os tres caudilhos arregimentaram uma hoste de 1400 homens, infantes e cavaleiros. Informados os castelhanos da força que lhes vinha ao encontro, a meio caminho de entre Braga e Porto, retrocederam, dispostos a recolherem á Galliza com um grande saque feito nas terras que talaram sanguinariamente; porém, os dois prelados e mais frei Estevão carregaram sobre os figitivos tão açodadamente que lhes mataram um dos capitães, D. João de Castro, com muitos soldados, e se apossaram do espolio roubado. O resto da hoste castelhana internou-se de tropel e despedaçada na Galliza.Esta façanha dos dois prelados de certo a não referiu o jornal bracarense para captar a nossa admiração pelas christãs virtudes do arcebispo Gonçalo Pereira e do bispo Vasco Martins. Religião de Braga á parte, o historiador quis provavelmente esboçar uma feição do alto clero portuguez no seculo XVI, e dar a perceber que os montantes, armazenados nas sachristias das cathedraes, eram, nos conflictos das independencia lusitana, os esteios mais poderosos da dinastia Affonsina; e que os ultimos lampejos d’essas laminas de Toledo faiscou-os o sol africano nas espadas dos valorosos prelados que pereceram em Alcaçar-el-Quibir primeiro que o seu rei dementado por elles. Propostas as considerações de philosophia historica contingentes da referida façanha, ajuntarei á noticia do jornal braguez pormenores relativos a esse passo de armas que muito ellucidam o episodio mal conhecido dos nossos historioghaphos.Os caudilhos hespanhoes D. Fernando e D. João de Castro estanceavam na ponte de Lagoncinha quando souberam a força respeitavel com que os prelados saiam do Porto. Retrocederam sobre Braga, resolvidos a roubar de passagem o que tinham deixado, na esperança de fazerem maior saque na já então rica cidade do bispo D. Vasco. N’este proposito, logo que chegaram a Braga, atacaram o Banco do Minho, arrombaram o cofre, e ensaccaram alguns alqueires de libras, massos de notas, titulos, letras, promissorias, baixella de oiro e prata, e escrinios de joias empenhadas, das principais familias. Depois, D. Fernando, que era já velhote e um pouco glotão, lembrou ao mano que comessem alguma coisa em Braga, porque d’alli até á Galliza não achariam estalagem decente. Eu disse que 12-10-11. Fernando Rodrigues de Castro era velho, porque D. Ignez de Castro, que n’esse anno, 1336, teria dez annos, era sua neta. Resolveram, pois, ir aos Dois amigos comer frigideiras, enquanto a sua gente de armas, a preço de cutiladas, arranjavam que almoçar nas casas dos bracarenses tranzidos de medo.Os Castros iam já na duodecima frigideira quando os sobressaltou o aviso de que se ouviam as chamarellas do arcebispo nas voltas de Macade, e a banda musical das Taypas trompejava o hymno do arcebispo nos desfilladeiros da Falperra. Cavalgaram accelaradamente, e esporearam os ginetes para a Senhora-á-Branca, em direcção a Carvalho de Este.Era tarde.Na Senhora-á-Branca, morava um chapeleiro de alcunha Fataxa. Tinha um filho que estudava theologia moral com o conego Affonseanes, o qual abrira uma estudaria nas Travessas, onde hoje em dia, em vez de theologia, se estuda a physiologia no pôdre. Affonseanes tinha dito aos discipulos que se armassem até aos dentes e fossem unir-se á bandeira da mitra.O filho do Fataxa, comprou um rewolver, marca Bull-dog, de seis tiros, e foi para o Porto.Por sabidos atalhos, regressando a Braga, metteu-se em casa quando os Castros iam fugindo por baixo das janellas da fabrica. Fataxa pae estava ao lado do filho, no peitoril da janella, com uma bomba de dynamite e um morrão acceso. Fataxa filho esperava os castelhanos com o dedo no gatilho. Eis que os dois Cstros, congestionados de frigideiras e pavor, appareceram na vanguarda da arrancada fuga. O theologo desfecha, e ao quinto tiro vasa um olho do cavallo que se empina escabriado pela dôr, e cáe morto, entalando a perna direita de D. João de Cstro. Em dois pergaminhos que conferi há discordancia quanto á perna. Diz um que a perna entalada foi a esquerda, o outro diz que foi a direita. Fosse qual fosse, quando o cavalleiro estava em terra, Fataxa Senior dardejou-lhe a bomba de dynamite a prumo, atravessando-o das costas ao peito, na opinião do Pergaminho nº 1; que o Pergaminho nº 2 diz que o atravessara do peito ás costas. Não é pois bem liquida a travessia da bomba na região thoracica do infeliz fidalgo gallego.Assim acabou D. João.Quanto a D. Fernando, avô da linda Ignez, esse então salvou-se dos sarracenos de Braga para ir morrer oito annos depois, na batalha de Algeziras ás mãos dos bracarenses da Moirama (1344). No seculo XV aindaa floresciam na Senhora-á-Branca os descendentes d’aquelles heroicos Fataxas, com a alcunha um pouco desfalcada por motivos que vou summariamente extrair do Pergaminho nº3.Paredes meias da fabrica dos Fataxas morava outro industrial de chapeus que tinha quatro filhos, tres rapazes e uma rapariga. Ete homem era dominado pela paixão da philarmonica por atavismo. O avô d’elle havia sido trombeteiro de D. Pedro, o Cru (1357-1362). Seu bisavô, sineiro da Sé bracharense, foi o creador inconsciente da raça dos Quasimodos que ainda hoje se encarapitam por todas aquellas torres da Roma portugueza e fazem orgias de badalo. O chapeleiro, desviado por interesses das artes lyricas, não tocava nada; mas mandou ensinar os quatro filhos. O mais velho tocava corneta de chaves, o immediato, rebecava; o mais novo aprendia harmonico, e a rapariga tocava cravo. Todos quatro em aprendizagem eram uma quadrilla facinora que fazia epilepsias na visinhança. O chnatre da Sé, Mendo Fagundes, um sabio, dizia que os circulos do inferno de Dante comparados ao inferno instrumental d’aquella casa do chapeleiro eram um Colyseu dos Recreios. E o Fataxa ganhou tamanhoo horror á musica que, encontrando no seu appellido uma nota musical, Fá, amputou a nota e ficou simplesmente Taxa. Esta alcunha, transpostos quatro seculos, ainda hoje permanece nos honrados industriaes, gente pacata, cujos antepassados, esbatidos na neblina da ballada germanica, matavam cavallo e cavalleiro.Aquella familia é hoje representada pelo dr. Taxa de nome Ulysses, um clinico glorioso que, em vez de matar como seus avoengos, cura dosimetricamente os enfermos que têm fé nos arseniatos e na estrychnina ingrata aos cães. Os documentos dehumanos d’estes ataques á propriedade, aos Bancos, á pacifica religião do Chrsito divino, ás vidas e ás orelhas dos visinhos, encontram-se no Archivo da mitra bracharense, Estante 7ª, Secção 19, Gaveta 22, Maço 16 na Collectanea das massadas."O EGRESSO DE BERNARDO DE BRITO JUNIOR.  

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